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Rev. Col. Bras. Cir ; 49: e20223140, 2022. tab, graf
Article in English | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1387222

ABSTRACT

ABSTRACT Objective: COVID-19 pandemic required optimization of hospital institutional flow, especially regarding the use of intensive care unit (ICU) beds. The aim of this study was to assess whether the individualization of the indication for postoperative recovery from pulmonary surgery in ICU beds was associated with more perioperative complications. Method: retrospective analysis of medical records of patients undergoing anatomic lung resections for cancer in a tertiary hospital. The sample was divided into: Group-I, composed of surgeries performed between March/2019 and February/2020, pre-pandemic, and Group-II, composed of surgeries performed between March/2020 and February/2021, pandemic period in Brazil. We analyzed demographic data, surgical risks, surgeries performed, postoperative complications, length of stay in the ICU and hospital stay. Preventive measures of COVID-19 were adopted in group-II. Results: 43 patients were included, 20 in group-I and 23 in group-II. The groups did not show statistical differences regarding baseline demographic variables. In group-I, 80% of the patients underwent a postoperative period in the ICU, compared to 21% in group-II. There was a significant difference when comparing the average length of stay in an ICU bed (46 hours in group-I versus 14 hours in group-II - p<0.001). There was no statistical difference regarding postoperative complications (p=0.44). Conclusions: the individualization of the need for ICU use in the immediate postoperative period resulted in an improvement in the institutional care flow during the COVID-19 pandemic, in a safe way, without an increase in surgical morbidity and mortality, favoring the maintenance of essential cancer treatment.


RESUMO Introdução: a pandemia de COVID-19 exigiu otimização dos fluxos institucionais hospitalares, especialmente quanto ao uso de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI). O objetivo deste estudo foi avaliar se a individualização da indicação de recuperação pós-operatória de cirurgias pulmonares em leitos de UTI associou-se a mais complicações perioperatórias. Método: análise retrospectiva de prontuários dos pacientes submetidos a ressecções pulmonares anatômicas por câncer em hospital terciário. A amostra foi dividida em dois grupos: Grupo-I, composto pelas cirurgias realizadas entre março/2019 e fevereiro/2020, pré-pandemia, e Grupo-II, composto pelas cirurgias realizadas entre março/2020 e fevereiro/2021, período de pandemia no Brasil. Analisamos dados demográficos, riscos cirúrgicos, cirurgias realizadas, complicações pós-operatórias, tempo de UTI e de internação hospitalar. Foram adotadas medidas preventivas de COVID-19 no grupo-II. Resultados: foram incluídos 43 pacientes, 20 no grupo-I e 23 no grupo-II. Os grupos não apresentaram diferenças estatísticas quanto às variáveis demográficas basais. No grupo-I 80% dos pacientes fizeram pós-operatório em UTI, comparados a 21% do grupo-II. Houve diferença significativa na comparação de tempo médio de permanência em leito de UTI (46 horas no grupo-I versus 14 horas no grupo-II - p<0,001). Não houve diferença estatística quanto a complicações pós-operatórias entre grupos (p=0,44). Conclusões: a individualização da necessidade do uso de UTI no pós-operatório imediato de cirurgias pulmonares resultou em melhora no fluxo assistencial institucional durante a pandemia de COVID-19, de maneira segura, sem aumento na morbimortalidade cirúrgica, favorecendo a manutenção do tratamento oncológico essencial.

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